Músicas que surgem como o vento
Essa música me apareceu de repente. Eram aproximadamente 23h, de uma quarta-feira de agosto, após um dia super corrido e de uma longa reunião com os amigos do TH. Eis que ligo o rádio e me aparece essa música. Tá, podia ser qualquer uma. Mas não era. Tinha uma conotação diferente. Eu sempre ouvia essa música, mas nunca entendia. Tente imaginar, como eu tentei, o que e como o compositor escreveu essa música. Algumas falam só pelo tom empregado pelo cantor, nem precisando de letras. Se tivesse só o violão, já bastava. Mas tem a letra, a obra fica completa. Uma música estilo 'inexplicações' que vale a pena ouvir.
Esse papo já tá qualquer coisaVocê já tá pra lá de Marrakech
MexeQualquer coisa dentro, doida
Já qualquer coisa doidaDentro mexeNão se avexe nãoBaião de doisDeixe de manha, 'xe de manha,
poisSem essa aranha! Sem essa aranha!Sem essa, aranha!
Nem a sanha arranha o carroNem o sarro aranha a Espanha
Meça: Tamanha!Meça: Tamanha!
Esse papo seu já tá de manhã.
Berro pelo aterroPelo desterro
Berro por seu berroPelo seu erro
Quero que você ganheQue você me apanhe.
Sou o seu bezerroGritando mamãe.
Esse papo meu tá qualquer coisa.
E vc tá pra lá de Teerã
(Gerlondson Jr.)



Já reparou como as pessoas mudam? É interessante notar as pequenas mudanças que vão ocorrendo hora a hora da nossa vida e que, ao final de um dia, um mês, um ano somos quase totalmente modificados. Pelo menos na área sentimental, espiritual, subjetiva. Onde ninguém pode desvendar. As vezes até tentam descobrir o que se passa lá dentro, através daquelas frases feitas “você é... você não é...”. Ora, a medida que vivemos, devemos lapidar o nosso auto-conhecimento, nem sempre expresso verbalmente, o que gera conflito justo por ser desconhecido. A beleza do contato pessoal é refletida nas marcas boas e nas não tão positivas dos outros que incorporamos. Uma semente que é plantada, se irrigada, desenvolve e dá frutos, mas nunca se esquece das suas raízes. Bem assim é com a vida humana. Os outros podem- e fazem- julgamentos sobre nossas atitudes e pensamentos, mas não tem o verdadeiro conhecimento do ser grandioso que guardamos contra o mundo externo. Talvez o que esteja digitado nestas míseras linhas eu não goste mais tarde.Provavelmente eu mudarei alguma palavra, alguma posição do emprego da vírgula. Porém, a idéia e a vontade de expressar o inacessável não será abalada, visto que o que finca raízes profundas fica dificílimo de ser esquecido.Não somos televisão para ter arquivo morto e tudo programado! Já mudou.

