Nossa vida não pode ser um game do outro


O comportamento humano é interessante. Muitos são baseados no querer do outro.
Somos um mosáico de sonhos, inquietudes, desejosos de um ardente vir a ser.
Nas nossas dúvidas diárias, nos perturbamos com detalhes superficiais, que não irão fazer diferença no nosso futuro, mas insistimos em perder tempo com eles. Insignificantes.
As pressões externas, no convívio social, onde as pessoas elaboram um modelo pronto e prático de personalidade a ser formada, acabam impedindo o amadurecimento e descobertas pessoais. As opiniões daqueles que nos amam devem ser acatadas com certeza, mas com parcimônia, para que não cause conflitos internos e inter-pessoais. Eu não vivo a vida do outro e nem ele tem o direito de me projetat como deseja.É interessante notar que, ao começarmos a mostrar nossa personalidade, há o choque de ideias. Conflito este que deve ser usado com sabedoria. Por isso é tão difícil agradar a todos. Mas será mesmo necessário e justo conosco "agradar""? ou o melhor seria tentar modificar positivamente um momento, sem esquecer daquilo que somos, para não sermos "roubados" pelos outros?

Estamos sempre tentando melhorar, mas nossa condição humana não nos permite agradar gregos e troianos ao mesmo tempo. Quanto mais tentamos acetrar, mais vulneráveis ao risco da má-interpretação ficamos. Nossos erros e qyedas nos chateiam bastante, mas eles indicam que precisamos fazer um novo recomeço.Vivemos em eterna construção, como barro nas mãos do oleiro

Se for pra entrar na vida do outro, como os acasos que Deus coloca no nosso caminho, que seja para acrescentar, nem que seja por um sorriso ou uma palavra amiga, pois o mundo já está cheio demais com pessoas que só desejam atrapalhar a incidência do bem.

E quando tomamos a iniciativa de escrever o que pensamos numa simples folha de papel, por menor que seja, ao final saimos aliviados por ter deixado ali um pedaço de nós, bom ou ruim, mesmo que não percebamos. Já é uma forma de tentar ser melhor.



Gerlondson Jr
(@geo0106)
twitter.com/geo0106

Diz o insensato no seu coração: "Deus não existe"

Diz o insensato no seu coração: "Deus não existe"
Dr. Frei Antônio Moser
Teólogo

''Deus nunca se deixa enquadrar, nem por conceitos, nem por expressões humanas''.

Há algum tempo atrás, nos demos ao trabalho de coletar alguns títulos de “brilhantes” pensadores que gastam suas energias para proclamar o que já se encontra no primeiro versículo do Salmo 51: “Deus não existe”. Aqui relembro alguns títulos: “o fim da fé”, “ateísmo e liberdade”, “quebrando o encanto”, “quebrando o feitiço”, “o futuro das religiões”, “o espírito do ateísmo”, “ateologia”, “Deus não é grande”, “Deus, um delírio”.

O último desses títulos é de um biólogo inglês Richard Dawkins, que vem se notabilizando pela militância em favor de um ateísmo e um evolucionismo tardios. Ninguém pode contestar esse direito de defender essas teses. Afinal, nem todos percebem a força crescente da religiosidade e muito menos os avanços dos conhecimentos no campo da biogenética, que ultrapassaram em muito as intuições de Darwin.

O que surpreende é a maneira como esse biólogo foi aplaudido na recente festa literária internacional de Paraty, litoral fluminense. Segundo vários órgãos de imprensa ele foi aplaudido de forma quase delirante. É bem verdade que já São Paulo escrevia a Timóteo que viriam tempos em que, levados pelo prurido de escutar novidades, muitos buscarão falsos mestres (2 Tim, 4,3ss).

Acontece que Paulo escrevia isso há dois mil anos atrás, quando, pressupostamente as pessoas ainda não haviam desenvolvido um espírito crítico tão agudo quanto hoje. Ora, este espírito crítico deveria normalmente levar as pessoas a prestarem mais atenção à força das religiões. E para perceber isso basta ver a sede com multidões buscam as mais variadas maneiras de expressar sua busca de Deus.

Felizmente, ao lado de alguns livros sensacionalistas que visam justamente minar não só as religiões, como todas as instituições e todos os valores, existem numerosos livros e estudos que vão justamente em sentido contrário.

Ao passar pela livraria (não religiosa) do Aeroporto Santos Dumond, no Rio de Janeiro, me dei ao trabalho de coletar alguns títulos que vão no sentido de uma busca de Deus. Eis alguns: “Mostre-me Deus”, “Como acreditar em Deus desvendando os textos sagrados”, “Como Deus pode mudar sua mente”, "Como Deus cura a dor”, “Conversando com Deus” (3 volumes), "Bíblia: reflexões e meditações", "A linguagem de Deus. Um cientista apresenta evidências de que ele existe”, "Os problemas com Deus. As respostas que a Bíblia não dá aos sofrimentos”, "Os segredos do Pai nosso”, “Jesus o maior de todos”, "Jesus o maior psicólogo que já existiu”.

Três observações cabem neste contexto. A primeira é a de que, evidentemente livrarias de aeroportos não são livrarias católicas, nem religiosas. A segunda observação é que todos sabem que o livro mais vendido no mundo continua sendo a Bíblia. A terceira observação é a de que a revista Época, no seu número de 15 de junho último traz, com uma estampa de Cristo, em letras garrafais o seguinte título: “Deus é pop”, completando com uma frase muito significativa: “uma pesquisa inédita revela que 95% dos jovens brasileiros se dizem religiosos – e eles estão em busca de novas formas de expressar sua fé”.

É evidente que nesta busca de Deus, como é próprio dos jovens, ninguém poderá esperar que todos eles tenham chegado a um conhecimento e a um discernimento mais aprofundados sobre suas próprias idéias, muito menos sobre Deus. Afinal, Deus nunca se deixa enquadrar, nem por conceitos, nem por expressões humanas.

De qualquer forma, para quem se lança ao que julga uma nobre missão de contestar o senso religioso que sempre marcou a humanidade de todos os tempos, certamente faria muito bem se refletisse um pouco mais sobre a primeira parte da sua afirmação. A segunda parte do Salmo 51 é “Deus não existe”, mas essa afirmação vem aberta por uma frase contundente: “diz o insensato no seu coração”.

Pessoas sensatas podem até ter dúvidas sobre Deus e até sobre sua existência. Mas seguramente irão preferir guardar isso no seu coração, em vez de tentar uma cruzada que ao longo da história sempre acabou como fracasso. Por mais que se tente matar o espírito que alimenta a vida humana, ele sempre ressuscita.

Uma prova significativamente pode ser encontrada na Rússia. Depois de 70 anos de um ateísmo sistemático e rigidamente imposto a todos, a cruzada fracassou. Hoje, apenas 20 anos depois da derrocada do império soviético, 70% dos russos de hoje se confessam religiosos. E mais: não só as tradicionais igrejas se mantiveram de pé, como muitas novas estão sendo construídas.

FONTE: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=276191