Olhando pausadamente, Quando um ícone, uma “personalidade importante”morre, aparece a real situação de miséria das pessoas que não acreditam em Deus, que tentam encontrar em símbolos humanos e errantes a motivação para continuar vivendo. Eu não quero ser assim. Quero acreditar em quem deu a sua vida para redimir os pecados da humanidade, quero ser como quem ama os amigos, sempre pronto a emprestar o sorriso e fazer aquilo que podia, sem esperar que o impossível venha do outro e sim de mim, quero escrever o que sinto e o que tento sentir, para que cada palavra das entrelinhas acalente a dor que o outro nem sabe que sente, pois Deus sempre dá força porque só Ele sabe o quanto somos capazes e nos testa porque somos filhos amados.
É como parar num infinito instante É como música solfejando no ouvido É como areia molhada nos pés É como sonhar na praia com alguém do lado Como pegar na mão Como ganhar um abraço Como se tudo se reduzisse num necessário momento Onde dois olhares se tornam um só Onde duas mãos se tornam um coração Porque amar é querer
É com muita honra e satisfação que divido com vocês, amigos internautas, dois dos inúmeros textos da grande poetisa Mineira Adélia Prado. Quando estiverem lendo, atentem para a simplicidade no aspecto humano que ela trata ao falar da realidade, através das experiencias que viveu. Vale super a pena aprofundar nas suas obras. Recomendo!
"Dona Doida"
Uma vez, quando eu era menina, choveu grosso com trovoadas e clarões, exatamente como chove agora. Quando se pôde abrir as janelas, as poças tremiam com os últimos pingos. Minha mãe, como quem sabe que vai escrever um poema, decidiu inspirada: chuchu novinho, angu, molho de ovos. Fui buscar os chuchus e estou voltando agora, trinta anos depois. Não encontrei minha mãe. A mulher que me abriu a porta, riu de dona tão velha, com sombrinha infantil e coxas à mostra. Meus filhos me repudiaram envergonhados, meu marido ficou triste até a morte, eu fiquei doida no encalço. Só melhoro quando chove.
"Neopelicano"
Um dia, como vira um navio pra nunca mais esquecê-lo, vi um leão de perto. Repousava, a anima bruta indivídua. O cheiro forte, não doce, cheiro de sangue a vinagre. Exultava, pois não tinha palavras e não tê-las prolongava-me o gozo: é um leão! Só um deus é assim, pensei. Sobrepunha-se a ele um outro animal radiando na aura de sua cor maturada. Tem piedade de mim, rezei-lhe premida de gratidão por ser de novo pequena. Durou um minuto a sobre-humana fé. Falo com tremor: eu não vi o leão, eu vi o Senhor! (Adélia Prado)
"Fazer o bem a quem precisa nos torna mais felizes e nos demonstra que o lado humano pode deixar de ser tão pesado com as rotinas nossas de cada dia e que a humanidade pode ser melhor a partir de cada ato generoso, que começa a partir de um olhar."
Ó coração, porque tu insistes em bater do jeito errado? Por que o grande amor só vem quando não se espera? A paixão é como uma brisa que chega de repente atrapalhando quem não deve E transforma ao avesso a realidade que não era história. A única forma de deixar de pensar em quem se gosta é... (Quem souber a receita, por favor, me conta?) Mas vai-se vivendo mesmo sem a tal da resposta. Quem disse que tem que ser tão rápido? O maior perigo é deixar que a dúvida de um momento seja o STOP de uma vida inteira. E, enquanto há a última chance para alguém, o inacreditável pode ser atingido.
A preocupação exagerada com os detalhes da vida alheia acaba atrasando o futuro de quem assim age. E isso acaba gerando conflitos. Geralmente o que origina isso é a não aceitação da opinião alheia, é a insistência em tentar fazer do outro a sua imagem e semelhança. Perda de tempo. Só quem consegue isso é Deus. É bonito perceber que quando tentamos aceitar o outro como ele é e não querer fazer como você quer que ele seja. É respeitando a diferença que se consegue viver melhor. Porque muita coisa sempre tem duas versões, dois lados, duas caras. O melhor remedio contra esse tipo de personalidade é exercitar a paciência e respeitá-la, pois afinal eles querem o melhor pros outros, mas esquecem que não são donos da vida alheia. O mais difícil da vida é conviver com gente, pois todos tem um tipo de complexidade. Esta é a beleza da salvação, que nos ajuda a sermos mais humanos a cada encontro e desencontro interpessoal.
Dois amigos que tentam imortalizar em palavras sentimentos e momentos.
Pedro Vítor & Gerlondson Jr.
"Inexplicações: Um jeito poético de ver a vida"
Escrever
"O transe poético é o experimento de uma realidade anterior a você. Ela te observa e te ama. Isto é sagrado. É de Deus. É seu próprio olhar pondo nas coisas uma claridade inefável. Tentar dizê-la é o labor do poeta."(Adélia Prado)
"Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade". (Clarice Lispector)
"Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar no manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever."(Lêdo Ivo)
"Não é fácil escrever. É duro quebrar rochas... Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas. Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo." (Clarice Lispector)
"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias." (Pablo Neruda)
"Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida."(Clarice Lispector)
"Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra." - Margaret Atwood
"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada"(Clarice Lispector)
"The grand essentials of happiness are: something to do, something to love, and something to hope for." (Allan K. Chalmers)