Estar com aquele meu amigo artista
Faz-me sentir uma alegria interna. Com suas risadas a história ganha outro soneto.
E escreve...
E só nós entendemos real sentido do que postamos

Estar com minha amiga rebelde(pra não falar em mutante)
Faz minhas tardes nascerem novamente com o ar de primavera e aguçam o sentido de tentar desvendar os mistérios de quem encontro.
Tenho paciência.
Ta bom...nem sempre...mas tento...É!

Estar com minha amiga que tem o dom de um cubo mágico
Faz-me compreender a vida e aceita-la de um modo mais singelo e apaixonante.
Adoro seus abraços.

Porque a gente se continua e se completa....

No final da rua, perto da baixada, havia uma casa antiga, caiada de azul e cheia de lodo que se criara ao longo do tempo. Na casa, uma janela e uma porta de duas partes sobre a qual a velha que lá morava se debruçava para ver o escasso movimento da rua. Dentro da casa não havia muita coisa, uns moveis velhos e empoeirados, uma toalha tentava cobrir as marcas do cupim, uma cama funda de tanto uso e umas panelas penduradas na cozinha.
Ela nem sempre foi assim, era cheia de vida, muita gente por lá passava a conversar com os donos. Lá morava um casal: Ela, de família média, freqüentou pouco a escola mas era uma mulher requintada, o tempo fizera dela uma dona de casa dedicada e cuidadosa. Ele, Comerciante de família rica do Rio de Janeiro, mudou-se procurando montar um negocio no ramo de móveis. Tinham quatro filhos, todos homens, os quais tinha viajado ao Rio para cursar engenharia. A vida não era regida a regalias, o marido passava o dia fora e a mulher a trabalhar nos afazeres da casa. A noite erra fervorosa, os amigos do comerciante e os vizinhos enchiam a casa de vida, as conversas tomavam conta da casa e da calçada, a casa esvaziava por volta das onze horas, todos iam dormir a vida, no outro dia, continuava.
O negocio deu tão certo que decidiram voltar ao Rio e vender a casa que moravam, mas a casa não vendia, já estava velha e acabada, e eles não pretendiam reformá-la. Até que aparece uma senhora que se oferece para tomar conta da casa, o casal vai embora e a deixa. A velha nada pode fazer senão viver o tempo que lhe resta. O tempo passa e a dona não resiste.
Hoje a casa está lá, abandonada. Onde as pessoas antigamente se divertiam, em longas conversas, hoje os desocupados se viciam em drogas. Onde antigamente se faziam as refeições, hoje o mato toma conta. Onde antes havia vida hoje há o abandono. O que antes era vivo o tempo tornou morto.

Nós costumamos ter coisas materiais de forma exagerada.
Buscamos através deles refúgios para mascararmos de sentimentos a felicidade, tristeza, melancolia, quase sempre se conflitando no meio dos fingir humano.

Quando não temos consciência do que somos e do que pensamos,perdemos nossa autenticidade, ao nos deixarmos levar por opiniões, gestos ou críticas de quem só beira a margem do que nós sabemos.

No meio daquele momento de solidão ou de algum sentimento esquisito que não conseguimos decifrar, encontramos forças no encontro de um amigo para pegar emprestado, mesmo que por um instante, seu sorriso, sua palavra amiga, a simplicidade, aquele abraço apertado que tanto faz falta...

Um sopro de felicidade passou por mim, me trouxe boas lembranças, renovou meu dia e me vestiu de um grande sorriso. Corro para a janela tentando senti-lo novamente, mas ele não vem. Na rua o homem da fruta continua gritando, as pessoas vêm e vão e um sino bate, a me chamar. Apresso-me a me arrumar, a missa já vai começar. No caminho a mesmice, os rostos marcados pelo tempo se debruçam na janela diante da monotonia rotineira. A missa termina e volto à minha reclusão, mas uma coisa me toma, uma imensa felicidade. A alegria de minha alma parece dar luz ao meu cafofo, luz essa que nunca mais se apagou. Só vim perceber depois que o sopro do mundo passa rápido, mas o de Deus é eterno.

Aquele momento era especial
Muitas pessoas se encontrando
Algumas esperam alguma “mágica”
Mas só as sábias dão o valor preciso à ocasião
Fazem uma viagem nunca antes intrínseca,
Para tentar compreender os mistérios
Dos que a cercam e do que se passa.

Olhares atentos,
Tentam entender o que
Se canta, se passa e se é
Unindo esforços, para no fim
Chegar ao brilho do olhar, no sorriso
E no coadjuvante aplauso.

Os que vêem de fora se incomodam
Pois não sabem
(ou fingem ignorar)
Que há várias maneiras de ser feliz.
Ninguém precisa ser do jeito que o outro sonha,
pois não se é completamente feliz do pseudo-jeito
que a sociedade finge impor.

Mas surgiram discussões no meio do caminho
E alguns mudaram de posição
Já que se sentiram desconfortáveis.
E a música principal prossegue...
Mesmo com o orgulho em forma desajeitada,
Pois lá no fundo sabem(ou tentam descobrir)
Que há algo maior e mais importante que nos une
E mostra o que é bom.

Bem sei que não ficarei vivo
E a única certeza que tenho
Sei que não levarei meus selos
Muito menos meus amigos
Pelo que bem sei
Não levarei nada que se sinta
Levarei a esperança
A fé
Os meus pensamentos
E eu
Para onde?
Ainda não descobri
Como?
Também não sei
Bem sei que irei
Sem saber
Mas lá saberei

As teorias sofrem modificações quando saem do contexto.
Mas não o que é sincero, da ação mais pura e feliz.

O que penso agora pode não significar nada pra você
Quando tiver lendo.
Você lê porque credita nas formas que eu emprego as minhas palavras.
Se você passar um instante pela vida de alguém,
Deixará, inevitavelmente, um pouco do que você é,
Pois a vida é um instante de passagens,
Onde, sem querer, esquecemos-nos outros e os outros em nós.

As palavras passam, críticas se transformam,
Mas o que marca positivamente jamais será esquecido
Sem antes uma colher de saudade batendo no peito,
Com uma vontade de voltar e aproveitar tudo que ainda virá.
Porque quando te vejo, tudo fica melhor...

Tristeza

Já dizia Vinicius: “Tristeza não tem fim, Felicidade sim”. A tristeza quando vem parece uma doença. Chegamos até a pensar que ela não cessará, mas temos a certeza que terá um começo e um fim. Tal qual a doença, a tristeza, quando acaba, cria em nós “Antitristesas”, ela nos deixa um manual de como sair dela, de como se livrar dela. Mas como a doença, ela sempre volta, ela sempre inquietará nossos corações. Ai vem a Felicidade, o santo remédio, só algo muito forte para inquietá-la, a felicidade vence qualquer tristeza. Que venham as tristezas, porque, só assim, teremos a certeza de que, depois dela, virá algo muito mais recompensador: A FELICIDADE

Num dia de chuva como esse,
Tudo cai bem com um bom café quente.
Tudo fica mais feliz com as gotas
(parecem repleta de alegria)
Que insistem a cair do céu.
Momento para curtir uma boa música.
Momento para pensar em nada
Momento para pensar nas situações vividas.
Momento para pensar nos presentes.
Passados e futuros?!
Ah, e com bolachas e chás para alegria geral.
O frio que insiste em perturbar faz lembrar que existe
O lado avesso.
Revesso.
Me deixa desajeitado.
O telefone ta tocando direto.
Mas é incapaz de deixar falar quem deseja.
E lembro que preciso arrumar a pauta da reunião.
Sim, porque tudo com a chuva -de alegria- é mais
Agradável.
Pego o casaco e te ligo.
Agora eu já estou com a certeza.
Mas não com a razão.

A Música

A que transpassa a tristeza
E nos faz sonhar
Quando a ouço
Esqueço o mundo
A melodia toma minha mente
Faz-me leve
Às vezes ela me faz chorar
Outras, me faz dormir
Nem precisa de letra
Basta ouvir
O som
Música não é som
Música não é barulho
A música é um estado de espírito
É uma sensação
Divina

No abraço carinhoso do amigo
Encontro quem me acha

No olhar fraternal do amigo
Consigo saber em que direção seguir

Nas doces palavras que saem de sua boca
Percebo o que não me é útil

Num momento de desamparo por um amigo
Outros corações surgem para aliviar
A falsa dor que insiste em incomodar.

Pensei

Pensei que os inteligentes ouviam Bossa Nova
Enganei-me
Só os sábios que a ouvem

Pensei que a amizade era finita
Enganei-me
Ela é infinita se cultivada diariamente

Pensei que as pessoas fossem diferentes
Enganei-me
Algumas são bem parecidas

Pensei que as maravilhas do mundo fossem feitas pelo homem
Enganei-me
A maior maravilha do mundo é o homem

Pensei que bastava ser feliz
Enganei-me
É preciso fazer o outro feliz

Pensei que era difícil acreditar que Deus existe
Enganei-me
Basta me olhar
Olhar ao meu redor
Basta olhar
E admirar...

Queria ter o poder de entender as pessoas
Em cada gesto, cada palavra, cada mentira, cada sentimento
Pra saber como elas realmente são
E não como eu acho que se é com minha força pseudo-julgadora.
Que inevitavelmente traz o egoísmo.
A mente cria, altera, destorce,
Tornando verdadeiro aquilo que não é.
O ar que respiro,
a flor que sinto o cheiro,
são apenas entes essenciais.
A não aceitação da história do outro gera a incerteza
de um coração cheio de verdades.
Ciúme.
Choro.
Desabafo.
Ombro amigo que chega na hora certa
E ajuda a enxergar muito além da hipocrisia vislumbrada.
Porque ser gente dá trabalho...
Mas em companhia do amigo, tudo passa mais fácil...

Sentidos: A amizade

A verdadeira amizade

Distância

Pra que existe o longe?
Para levar quem nos está próximo?
Não, o tempo é traiçoeiro
Pensamos que ele quer o nosso mal,
Mas, quando da volta, vibramos pelas transformações
E percebemos que não seriamos os mesmos
Se não houvesse
A partida
Quem se distancia,
não se vai por inteiro
Pois no mínimo contato,
numa simples troca de palavras e olhares
fica algo para transformar
e para nos mostrar
o mosaico de corações que formamos.
Então o longe não existe!
Nós o inventamos.
A mente nos trás lembranças
De quem queremos bem.
Estamos unidos.

Melhor que dar um abraço
É ganhar um abraço

Melhor que ganhar um presente
É dar um presente

Melhor que dar um beijo
É ganhar um beijo

Melhor que ganhar um conselho
É dar um conselho


Melhor que dar carinho
É ganhar carinho

Há situações em que é melhor dar
Em outras, receber
Mas, na dúvida
Basta
Amar