Ausência

Vou partir para uma longa ausência
De mim mesmo
Quero deixar apenas as marcas dos meus pecados
Guardadas e escondidas
Levo apenas a saudade do meu eu
Pois já não o sou
Vou para onde eu possa curar a minha essência
Onde minha habite
Far-me-ei como borboleta no casulo
De dentro pra fora
Porque já não quero um exterior manchado pelo sol
Mas um interior que transpareça
E da longa ausência voltarei
Como o velho novo
Velho que já conheço e perpetuo
E novo que vivo

Agora!

(Pedro Vítor)

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