Sopro

Um sopro de felicidade passou por mim, me trouxe boas lembranças, renovou meu dia e me vestiu de um grande sorriso. Corro para a janela tentando senti-lo novamente, mas ele não vem. Na rua o homem da fruta continua gritando, as pessoas vêm e vão e um sino bate, a me chamar. Apresso-me a me arrumar, a missa já vai começar. No caminho a mesmice, os rostos marcados pelo tempo se debruçam na janela diante da monotonia rotineira. A missa termina e volto à minha reclusão, mas uma coisa me toma, uma imensa felicidade. A alegria de minha alma parece dar luz ao meu cafofo, luz essa que nunca mais se apagou. Só vim perceber depois que o sopro do mundo passa rápido, mas o de Deus é eterno.

(Pedro Vítor)

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