Omnipresente

Omnipresente

Encosto-me numa árvore
Vejo o céu
O infinito azul
A dádiva de Deus
O Desconhecido
Sinto o Vento
Não o Vejo
Basta que o perceba
Acariciando minha pele
Escuto os pássaros
Não os vejo
São livres
Voam para onde o vento os leva
Sinto o cheiro da terra
Molhada
Fértil e verde
Percebo o gosto da vida
Já não a vejo mais
Não me vejo mais na árvore
Já não sou mais humano
Sou divino
Já não possuo o tempo
Estou na Fonte da Vida
Do céu
Do vento
Do som
Da terra
E de tudo o que nela habita
Já não estou mais na terra
Sou a terra
Úmida
Viva


(Pedro Vítor)

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